sexta-feira, 22 de abril de 2011

NA PAMPA ...MUITAS FLORES!!

AMIGOS BLOGUEIROS NOS EMOCIONAMOS DEMAIS COM AS PALAVRAS DE SHANA MÜLLER A RESPEITO DA NOSSA AMADA JU, ENTÃO POSTAMOS PRA VOCÊS O LINDO TEXTO, FORMULADO COM TANTO BOM GOSTO PRA OS AMIGOS SE EMOCIONAREM TAMBÉM!
ACREDITO QUE AS PESSOAS QUE ADMIRAM E AMAM JULIANA SPANEVELLO SE IDENTIFICARÃO COM ESSA POSTAGEM, POIS RESUME MUITO DO QUE GOSTARÍAMOS DE DIZER A ELA!

PARABÉNS SHANA...PARABÉNS JU...PARABÉNS PAMPA GAÚCHO POR TANTAS FLORES!

Renasce uma voz feminina!


Nós nos encontramos ainda pequenas em uma Coxilha Nativista em Cruz Alta, no festival Piá, é claro, porque afinal, somos bem novinhas!!!

Desde então a vida nos pregou dessas peças. Encontros e desencontros. Um concurso de prenda. Logo em seguida uma seguindo na música, a outra desfrutando da ciganice de sua família e desfrutando da adolescência.

Mas a vida sempre insistiu em nos aproximar.

Quando resolvi voltar a cantar, depois de formada em jornalismo, ela já tinha angariado os prêmios de Melhor Intéprete nos mais importantes festivais de música pelo Rio Grande a fora. Naquele momento, eu recomeçava, me reencontrava com a música.

E a vida seguiu cruzando nossos caminhos. Passamos a nos encontrar em festivais, naquela época eu ainda dividia minha vida entre música e Rádio Rural.

Me recordo de termos nos encontrado em um Carijo, lá em Palmeira das Missões e dela ter comentado comigo sobre meu primeiro disco Gaúcha... Nessa época, ela dividia sua vida entre a alegria de dividir o palco com suas irmãs "pampeanas"e as tristezas que a vida nos apresenta - a todos!

Me lembro do carinho com que ela tratou aquele que era ainda meu primeiro trabalho, de uma certa maneira um atrevimento para uma cantora que seu último registro fonográfico havia sido em 1992, com Vitória-Régia. Ela me elogiou. Me falou de como gostava da música campeira, do folclore latino-americano e como havia se identificado com o que eu tinha gravado.

Eu fiquei feliz, muito feliz!

Mas naquele momento, aquela já moça tinha um olhar triste... A vida tinha levado um pedaço da sua alegria. E todos nós que estamos aqui, neste plano, infelizmente estamos propensos a passar por momentos tristes, mas nunca preparados.

A tristeza, a saudade, nos tiram pedaços, nos desanimam. Para quem canta, então, como deixar a alma na voz, se nossa alma está em pedaços?

Me lembro da nossa conversa! Lembro dela dizer que iria gravar um disco assim, com sua essência!

Muito tempo se passou... Seguimos cruzando nossos caminhos e aquela tristeza foi se aquietando no coração dela.

E comecei a conviver e conhecer muitas pessoas que a conheciam, que conviviam com ela. E sempre foi unânime. Ela havia se tornado uma grande mulher, cheia de princípios, de valores, de amor e,de amizade!

Aí a gente começa a enxergar que a vida aproxima pessoas que tem afinidades, não é verdade?

Nós viemos de seios familiares muito fortes, onde o amor é uma premissa de viver! Onde a família é o esteio para ser feliz!

E nós vamos ser felizes!

Ao mesmo tempo a vida, como já contei, nem sempre é boazinha. E ela segue nos pregando peças e, muitas vezes, nos afasta e dissemina entre as pessoas sentimentos de outros, mal entendidos... Porque afinal, cada um sabe de si e só Deus sabe da gente! A música, assim como toda outra e qualquer profissão, é feita por gente boa e gente ruim.

Eu e a Juliana Spanevello nos enquadramos no time das pessoas BOAS. Está escrito no olhar. E não entendam isso como um auto-elogio. Isso é simplesmente, no meu caso, um relato de quem eu sou, no caso da Jú, uma constatação do que o olhar dela me diz há muitos anos, desde quando éramos inocentes crianças experimentando palcos pelo Rio Grande à fora.

É por isso tudo que relatei, que ontem fui ao Teatro Tulio Piva aplaudir a Juliana Spanevello, uma cantora madura, íntegra, competente, afinada, dedicada, profissional que apenas por essas coisas da vida, está REtomando sua carreira como grande artista da música gaúcha que é, e sempre foi!

Ela lançou a sua "Pampa e Flor"...

Eu sei e ela sabe que ter ao lado um amigo, alguém que acredita na gente, que nos incentiva, que nos ajuda a buscar os caminhos que a gente quer (e que muitas vezes custa a encontrar) é fundamental, é melhor, é reconfortador. É o amor! E sei que o Joca tem papel muito importante nisso tudo. (afinal, Joca, há quanto tempo nos conhecemos???)

E ontem no Tulio Piva assisti a essa cantora madura, confiante, nervosa (claro!!!), bonita e sobretudo, finalmente FELIZ de novo!

É por isso, Ju, que te escrevo essas simples palavras. Prá dizer da admiração, do carinho, do desejo que tudo dê certo, da expectativa que um dia o Rio Grande possa aceitar várias cantoras sem disseminar entre nós a maldade de ter que haver apenas uma!

Nossa Pampa está em Flor, sim. Nela florescem Brincos de Princesas. Ela é Gaúcha, como Estrelas Gurias que fomos e seguimos em frente, Nos vagões desses vários trens, Firmando o passo para sermos cantoras, hoje grandes, não disputando espaços, mas unindo nossas forças, nossos talentos, nosso amor pelo que fazemos e andando DE MÃOS DADAS, porque afinal, somos MULHERES PAMPEANAS.

Ju, te aplaudo. Te admiro. Te respeito. Que a música do Rio Grande possa ser a melodia da alegria das nossas vidas e de quem nos escuta!

Fica com Deus!

SHANA MÜLLER
 
FONTE: http://shanamuller.blogspot.com/2011/04/renasce-uma-voz-feminina.html

TRISTE REALIDADE... OLHEM SÓ!!!

PISARAM NO PALA DO GAÚCHO!!!

*COLUNA EVERTHON RIBEIRO 10 Abr 11


Caros Irmãos Gaúchos,

Há muito venho pensando no que se faz da nossa cultura... Temos tradição, temos história, temos costumes próprios e os valorizamos. Entretanto, parece que a todo momento tentam nos aculturar... Qual o espaço que os nosso modo de ser ocupa na mídia hoje em dia?

Será que é certo aturarmos a "hilariante" (palhaça) Regina Casé (e seus sambabacas) no domingo de meio-dia, enquanto o nosso Galpão Crioulo foi literalmente “chutado” para um horário que ninguém praticamente assiste, já que domingo é dia de descanso e a maioria aproveita pra dormir um pouco mais.

Não precisa ser um gênio pra perceber que recentemente no programa da Regina Casé levaram um grupinho sofrível de dança gaúcha pra dançar pro Brasil inteiro; o quê? O pezinho. Uma dança folclórica com algum significado pra nós, mas que pro resto do Brasil não tem sentido algum, a não ser “queimar o filme dos gaúchos”. Se querem mostrar nossa dança por que não convidam os vencedores do último ENARTE? Ou será que o objetivo era ridicularizar o gaúcho, “será”?

Não somos contra o samba, mas contra nos fazerem de palhaços, quase alienígenas neste "país tropical". Pra completar, a referida apresentadora entabulou um assunto com nossos representantes, (quase todos jovens com idade entre 16 e 18 anos) que em nada acrescenta às famílias brasileiras, principalmente no horário de almoço de domingo, quando nossas crianças estão assistindo TV – "Tem sex-shop no sul"? (Tem a tua filha está sempre lá) Você já foi em Sex shop? Tinha calcinha de chocolate? – e o que nos resta é aturar alguns desses jovens respondendo, timidamente a esse rol de asneiras.

Cadê nossos festivais? Quando aparecem são no RBS local, não em nível estadual. (Festivais nordestinos, alguns, por sinal de muito mau gosto, ocupam largos espaços em horários nobre em rede nacional) Como é que nossos jovens conhecerão nossa música, nossa cultura, se nossa principal emissora de TV não dá espaço pros nossos novos músicos e vencedores de festivais atuais?

Excetuando-se as honrosas exceções de Luiz Marenco e César Oliveira e Rogério Melo, que de tão bons conseguem vencer remando contra a maré), vivemos do passado... de Tropa de Osso, Esquilador, Veterano e etc., os novos nomes da música gaúcha ninguém conhece. E por quê? Porque pra isso não tem espaço... Será que tudo isso não se trata de uma estratégia para “aculturar nosso povo”... “será”? Quando as gerações mais antigas se forem e nossas músicas ficarem esquecidas eles terão conseguido finalmente sepultar nossa cultura. Será que nos consideram brasileiros? Os "brasileiros" ficam boqueabertos quando assistem em nossos estádios de futebol a massa toda cantando o Hino Riograndense à prenos pulmões. Não nos invejem; façam o mesmo.

Por quê será que pra promover o Planeta Atlântida com seus freqüentadores maconheiros, bêbados e viciados de todo tipo tem espaço? Seria essa uma tentativa de emburrecer e viciar nossos jovens...”será”? Pra isso a Globo (Multi Show) dá espaço. Pra gaúchos "heróicos" que participaram do Big Brother (o supra- sumo do lixo cultural), tem espaço. Ah... a la puta, ASSIM NÃO DÁ!!!

Cadê o Luiz Carlos Borges? Cadê o João de Almeida Neto? Cadê o Renato Borghetti, o Elton Saldanha, o Marcelo Caminha, o Miguel Marques? Ninguém sabe. Mas a Alcione, a Claúdia Leitte, o “Belo”, a boquinha da garrafa, o Bruno e Marrone, o “sertanejo universitário”... esses tão todo o dia enchendo o nosso saco, como se nossos ouvidos fossem penicos.

Esse é o lixo cultural que nós temos recebido como ração, mas que por sermos o Estado mais politizado e educado (ou menos mal educado) da União, nos recusamos a engolir.

Até mesmo o pessoal dos CTGs, nosso último reduto cultural, hoje em dia só ouve atualmente música gaúcha de baile e que... convenhamos, é péssima (com honrosas exceções, como os Serranos, Os Mirins e outros).

Me enoja aquelas materiazinhas da RBS na Semana Farroupilha (daí eles lembram e fazem um circo!!!), mandam aqueles apresentadoras bunda mole para fazer reportagens no Acampamento Farroupilha como se aquilo fosse algo do exterior... parece um programa do National Geographic com aborígenes do pampa de tão estranho. Não conhecem nada da nossa história, não entendem porra nenhuma e não ficam nem envergonhados de se dizerem gaúchos.

Me perdoem queridos conterrâneos esse desabafo. Que essa mensagem ecoe pelos confins do Rio Grande, e desperte o povo gaúcho da letargia antes que seja tarde. Nossos antepassados delimitaram nossas fronteiras à ponta de lança e à pata de cavalo... hoje pisam no nosso pala e... tudo bem? Tudo bem BOSTA NENHUMA ! Me recuso a aceitar tudo isso .

Um Gaúcho cuja paciência acabou faz tempo.



Everthon Ribeiro



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