domingo, 9 de maio de 2010

MÃE

MINHA MÃE
                                                                                                          Maria Dolores



Desejava, Mãezinha, para testemunhar-te afeto e gratidão,escrever-te um poema que me fotografasse o coração.
E, ao servir-me do verbo, quisera misturar a beleza das flores e das fontes, o azul do céu, o ouro do sol e os lírios do luar...
Anseio enaltecer-te!... A palavra, no entanto, Mãe querida, não consegue mostrar as bênçãos incessantes que nos trazes à Vida.

Em vão consulto dicionários! Não encontro a expressão lúcida e bela que nos defina claramente a luz que o teu sorriso nos revela...

Ofereço-te, assim ao carinho perfeito o doce pranto de agradecimento que me verte do peito.

As lágrimas que choro de alegria refletem, uma a uma as estrelas de amor que te engrandecem, – a tua glória em suma !...

És tudo de mais lindo que há no mundo, – o agasalho a ternura calma e boa, o refúgio de santo entendimento, a presença que abençoa...

Desculpe, meu tesouro de esperança, se não te sei nobilitar o reino de bondade e sacrifício, no sustento do lar!

E não sabendo, Mãe, como louvar-te a celeste afeição, rogando a Deus te glorifique a vida, trago-te o coração.

Livro Mãe. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.